terça-feira, 21 de julho de 2015

Sub-19 Vice-Campeões Nacionais


Chegou ao final no passado fim de semana a época desportiva, com a disputa da última Fase Final Nacional, no escalão de Sub-19. O Cascais terminou a época com mais um brilhante resultado ao chegar à Final, que perdeu para a forte equipa do Naval Povoense.

Partindo para esta Final Four consciente da sua qualidade e com legítimas ambições, o Cascais acabou por demonstrar em campo que a equipa não estava destinada ao último lugar da classificação, como muitos profetizaram.

Sporting, 6 - Cascais, 9  (1-1, 1-1, 3-4 e 1-3)

No primeiro jogo o adversário era a outra equipa apurada da zona sul, que jogava em casa e se assumia como candidata ao título. Nos 3 jogos anteriores o equilíbrio havia sido a nota dominante, com 2 vitórias para o Sporting e 1 para o Cascais, com a equipa leonina a vencer o Inter-Regional por goal-average e o Regional no último jogo do Campeonato. Esperava-se por isso mesmo um jogo nos mesmos moldes equilibrados dos anteriores.

Começou melhor o Sporting com um golo do seu melhor jogador, o pivot Ricardo Mendes, mas rapidamente a equipa cascalense reagiu e nos primeiros minutos do 2º parcial já o Cascais estava em vantagem. Durante os períodos seguintes o equilíbrio manteve-se, com o Cascais a marcar e o Sporting a conseguir empatar, sem que nenhuma das equipas conseguisse destacar-se no marcador. Quando, a 4:34 do apito final, o Cascais marcou o 7-6 a condição física das equipas já demonstrava alguma diferença, com a equipa da linha a mostrar-se mais confiante e determinada na sua defensiva, factos que influenciaram os instantes finais da partida. No último período, quando o Sporting já tentava o tudo por tudo, o cascais ainda marcou mais 2 golos que deram a expressão final ao resultado.

Ganhou bem o Cascais, com uma maior eficácia ofensiva e querer dentro de campo demonstraram (mais uma vez) que os jogos nunca se ganham antes de disputados. Com este resultado o Cascais dava um passo significativo rumo à final e deixava o Sporting em maus lençóis, praticamente dependente de terceiros para chegar a um lugar de acesso à final.

Jogaram pelo Cascais: Clément Steffen, Rafael Luz (2), Tiago Gomes (2), Diogo Catarino, João Graça, João Jardim (1), Diogo Marques, Manuel Augusto (4), Gonçalo Lousa, Duarte Grego, João Prudêncio, Sérgio Oliveira e Vasco Nazaré.
Treinadores: José Augusto e Lajos Lorincz

Cascais, 12 - Foca, 10  (3-3, 2-3, 3-2 e 4-2)

No segundo jogo o adversário seria o 2º classificado do norte, que no primeiro jogo havia sido vencido claramente pelo Povoense por 8-20. Com uma equipa muito equilibrada e consistente o Foca mostrou ser um adversário muito complicado, desta vez e ao contrário do jogo da manhã com o Cascais na posição de correr atrás do resultado. Os 3 primeiros períodos foram de um equilíbrio constante, apesar da equipa de Felgueiras ter estado por duas vezes com uma vantagem de 2 golos.

Com o nº 7 Vitor Pereira em bom nível e o nº 11 João Sousa de mão quente o Cascais passou por dificuldades para se manter em jogo e só no último parcial veio finalmente ao de cima a melhor condição física e mental dos jovens cascalenses. Neste período 3 golos consecutivos do melhor marcador do Cascais, Manuel Augusto, deram uma vantagem importante à equipa por 12-9 que, com apenas 3:39 por jogar, permitiu ao Cascais gerir a partida e controlar qualquer veleidade do adversário.

Mais uma vez de destacar o querer e confiança da equipa, que nunca perdeu o seu focus e lhe permitiu vencer uma partida que chegou a estar muito complicada. Com esta vitória o Cascais praticamente garantia a presença na final, que só ficaria em dúvida no caso de um milagre do Sporting frente ao Bi-Campeão Povoense.

Jogaram pelo Cascais: Clément Steffen, Rafael Luz, Tiago Gomes (1), Diogo Catarino, João Graça (1), João Jardim (2), Diogo Marques, Manuel Augusto (7), Gonçalo Lousa (1), Duarte Grego, João Prudêncio, Sérgio Oliveira e Vasco Nazaré.
Treinadores: José Augusto e Lajos Lorincz

Povoense, 25 - Cascais, 7  (9-2, 7-1, 4-2 e 5-2)

À entrada para o último jogo de apuramento para a Final, Povoense e Cascais já sabiam que estavam apurados para esse jogo e como tal este serviria apenas para cumprir calendário. Com o jogo a iniciar-se a uma hora pouco normal (8h30) o Cascais aproveitou para descansar os habituais titulares, com o adversário a rodar menos a equipa dado ter apenas 3 jogadores no banco.

Se nos momentos em que a equipa titular esteve em campo o equilíbrio foi a nota dominante, quando estes saiam a diferença era muito elevada e os nossos jovens não conseguiam opor-se às investidas do adversário. De notar a juventude da equipa que o Cascais chegou a ter em campo durante grande parte da partida, com 3 Sub-15 de 2000 e 4 Sub-17 de 1999 e sem qualquer dos 4 Sub-19 a jogar.

Perante a forte equipa poveira e com as condicionantes com que a partida se disputava o resultado era o menos importante e privilegiava-se o descanso dos atletas que à tarde iriam disputar a Final.

Jogaram pelo Cascais: Clément Steffen, Rafael Luz, Tiago Gomes, Diogo Catarino, João Graça (1), João Jardim (2), Diogo Marques, Manuel Augusto (2), Gonçalo Lousa, Duarte Grego (2), João Prudêncio, Sérgio Oliveira e Vasco Nazaré.
Treinadores: José Augusto e Lajos Lorincz

FINAL
Povoense, 16 - Cascais, 11  (2-3, 4-2, 6-4 e 4-2)

Para o jogo decisivo os termos eram diferentes e já não havia margem para poupanças, era o jogo do tudo ou nada. Com os pontos fortes do adversário identificados, principalmente o melhor jogador nacional do escalão, o internacional absoluto Rui Ramos, o Cascais tinha consciência do enorme trabalho que teria de realizar para se lhe opor com sucesso.

Foi com muito querer e ambição que os jovens cascalenses iniciaram a partida, anulando eficazmente o ataque do Povoense e dominando o 1º parcial, com a equipa adversária a não se conseguir entender com o jogo do Cascais. Foi sem surpresa, para quem assistiu ao jogo, que o Cascais venceu o primeiro parcial, onde chegou a ter 2 golos de vantagem.

Apesar da equipa poveira ter dado a volta ao jogo, o Cascais foi-se mantendo em jogo com muito carácter dos seus jovens que não viravam a cara à luta perante uma equipa mais forte técnica e fisicamente. Entre o final do 2º período e o início do 3º, o nº 7 poveiro Rui Ramos abriu o livro e com 6 golos consecutivos criou uma vantagem importante para a sua equipa, complicando sobremaneira a tarefa cascalense, que ao ver-se a perder por 9-5 teve de cerrar fileiras e redobrar o empenho para que o jogo não ficasse resolvido já ali. Até final do período as equipas foram-se equivalendo, chegando ao apito final do parcial com o Povoense na frente por 3 golos (12-9). 

O último parcial iniciou-se como tinha terminado o anterior, com 1 golo para cada lado. Em resposta a um golo do Cascais, o Povoense marcou 2 golos em menos de 30 segundos, criando um fosso de 5 golos (15-10) impossível de recuperar perante uma equipa poveira tão experiente, que até final da partida conseguiu controlar os tempos de jogo e gerir o mesmo. 

No final Naval Povoense sagrava-se Tri-Campeão Nacional e o Cascais ficava como Vice-Campeão Nacional, uma 2ª posição brilhante e inédita na curta existência do Projecto DCWP. Na memória fica a excelente Final disputada de parte a parte, com o melhor Cascais da época a valorizar e muito a vitória e o título do Naval Povoense.

Jogaram pelo Cascais: Clément Steffen, Rafael Luz (1), Tiago Gomes (2), Diogo Catarino, João Graça, João Jardim, Diogo Marques, Manuel Augusto (6), Gonçalo Lousa (2), Duarte Grego, João Prudêncio, Sérgio Oliveira e Vasco Nazaré.
Treinadores: José Augusto e Lajos Lorincz

De destacar nesta Final Four as quatro transmissões televisivas em directo pela SportingTV, inédito e muito importante na divulgação da modalidade, apesar de apenas os jogos do Sporting terem sido transmitidos e a Final ter sido ignorada. Esperemos que mais canais adiram e transmitam jogos para que a modalidade possa angariar mais praticantes e adeptos e possa assim evoluir.

Muito positivo o grande apoio que a numerosa claque cascalense deu à sua equipa, sempre activa e indiscutivelmente o seu 8º jogador. Um exemplo de comunhão com o Projecto.

De negativo, uma agressão cobarde (dentada nas costas) ao jogador Manuel Augusto no jogo da Final, que não foi sancionada de forma correta, e a não realização dos jogos da Fase Final Feminina entre o Fluvial e o Benfica, por mais uma argolada da Federação, que impediu 3 jogadoras benfiquistas de alinhar depois de validar a sua filiação e elegibilidade para estes jogos.